terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Absoluta decepção

Assim como aquele personagem de Hegel que queria “fruta” e só encontrava maças, uvas, laranjas (mas não a fruta-em-si), queremos a felicidade-verdadeira-e-definitiva, o amor-verdadeiro-e-definitivo e nos esquecemos de que querer o máximo-perfeito equivale à miserabilidade auto-imposta,- como aquele sujeito que não consegue curtir o passeio no seu barquinho por causa das lanchas maiores de seus amigos; que também já estão infelizes com as suas desde que chegaram os novos modelos... Quem quer o absoluto fica faminto aguardando a fruta ideal, enquanto as possíveis apodrecem perto, ali na sua fruteira.

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